O objetivo desse artigo é questionar, instigar os leitores a respeito da maneira que estamos destinando a matéria orgânica proveniente desses espaços verde urbanos e mostrar formas que melhor aproveitam esses materiais orgânicos.
O tempo todo praças e jardins em diversos locais estão têm suas gramas aparadas, árvores e folhagens podadas, folhas que caem das árvores. E o que os gestores municipais estão fazendo com esses resíduos orgânicos? Estão empregando técnicas inteligentes e eficientes?
Os vegetais, através do processo de fotossíntese, transformam ar, água e energia luminosa em compostos orgânicos: madeira, raízes, folhas, flores, frutos e sementes. Tais materiais orgânicos são ricos em energia e nutrientes, e conforme caem no chão são decompostos por macro e microorganismos, possibilitando o reaproveitamento e reciclagem de grande parte da riqueza energética e mineral contida nessas estruturas, tal processo é fundamental para manutenção da saúde das plantas, animais e para a continuidade da fertilidade dos solos.
Em parques e jardins esse processo natural não é diferente, o acúmulo de materiais orgânicos gerado tanto naturalmente pela queda de folhas, galhos e frutos quanto artificialmente através das podas de gramado, galhos e folhagens é inevitável. No entanto, é obvio os parques e jardins, por se tratarem de ambientes “especiais” precisam de tratamentos diferenciados quando comparados aos ambientes nativos, principalmente no que diz respeito a destinação dos resíduos orgânicos.
Para exemplificar isso, quando uma árvore centenária cai em uma floresta nativa ela não precisa da intervenção humana, os animais, bactérias e fungos darão conta dessa ciclagem e do reaproveitamento de seus nutrientes, no entanto, quando de trata de uma árvore que cai na área urbana a resposta a essa situação inevitavelmente deve diferente.
Normalmente, os resíduos orgânicos das áreas verdes públicas (parques e jardins) são retirados do local e destinados aos aterros sanitários, misturados a outros tipos de resíduos e não tratados adequadamente, resultando diretamente na diminuição da fertilidade do solo das áreas verdes com decréscimo de matéria orgânica (M.O.) e poluição nos locais onde os resíduos foram. Sem contar no gasto energético com o transporte desse material. É uma conta que não fecha e o saldo fica negativo.
Como contribuição proponho duas ações práticas que poderiam ser implantadas para melhor aproveitar esses materiais orgânicos tão ricos.
1) aproveitar o material orgânico no próprio local, os resíduos poderiam ser acumulados em espaços reservados e cercados, como composteiras, e posteriormente utilizados para adubação das plantas e ou, até mesmo, doados para população. Isso aumentaria a fertilidade do solo e diminuiria a lotação dos aterros sanitários.
2) destinar os resíduos para centros de compostagem, lá os materiais seriam classificado, separados, triturados e transformados em adubos orgânicos, os quais poderiam ser vendido ou doado para agricultores e a população em geral. Madeiras em bom estado poderiam virar bancos rústicos para praças e espaços públicos.



Felipe Furtado Frigieri
EXECUTAMOS UM PLANO DE REVERSÃO FLORESTAL NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO;
http://www.agroreserve.com/
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